Um giro ao sol,ciranda poética

domingo, 2 de janeiro de 2011

Eu ouço as canções que vem do mar

Eu ouço as canções que vem do mar

Lápis-lazúli. Cavalos com olhos de fogo troteiam rasgando mares e planetas, o universo, estrelas e formas. Tropéis cascos e fúria cortando túneis e vagas... Grandes vazios, todas as marcas de mãos, fendas ca...vernas e fantasmas de tantas embarcações. Sulcos cavados, rochas de vulcão, corais. Vento de mar bravio atravessando cometas, abismos, precipícios e limites. Tropéis e agua de mar salgado. Sede e frio afugentando espíritos e toda a ideologia, todos os dragões mitos e lendas. Eu ouço as canções que vem do mar. Azul-furtado. Cavalos alados. Agua viva, madrepérola, continentes conchas e cristais onde uma lua branca brilhante e nova abrange rompendo o medo como um facão, um clarão... Como um raio num jorro de pedras preciosas brilhantes rasgando luzes de infinitas cores, como cavalos brancos que galopam sobre o mar e suas canções. Como magia, como festa como sorriso... Sobre a imensa noite da lágrima.

Mara Araújo


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