Pois a poesia é a minha explicação com o universo, a minha convivência com as coisas, a minha participação no real, o meu encontro com as vozes e as imagens (...) É esta relação com o universo que define o poema como poema, como obra de criação poética. (...) Se um poeta diz “obscuro”, “amplo”, “barco”, “pedra”, é porque estas palavras nomeiam a sua visão do mundo, a sua ligação com a coisa. Não foram as palavras escolhidas esteticamente pela sua beleza, foram escolhidas pela sua necessidade, pelo seu poder poético de estabelecer uma aliança (...) E no quadro sensível do poema vejo por onde vou, reconheço o meu caminho, o meu reino, a minha vida.
In Arte Poética – II
Um comentário:
EU ME SINTO COMO ESTE QUADRO ,NEGRO E MISTERIOSO
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